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terça-feira, 2 de agosto de 2016

Universitários chineses estão fartos
das aulas obrigatórias de marxismo

Universitários chineses estão fartos das aulas obrigatórias de marxismo
Universitários chineses estão fartos das aulas obrigatórias de marxismo
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs




Quem quiser um titulo universitário na China deve ser aprovado na disciplina obrigatória de marxismo. O presidente Xi Jinping vem desenvolvendo uma campanha de intensificação do comunismo entre a juventude.

A doutrina marxista é a base ideológica do gigantesco e todo-poderoso Partido Comunista da China (PCC), o qual, entretanto, está se sentindo como um colosso que contempla seus pés de barro cada vez mais quebradiços.

Isso porque o socialismo teórico não faz senão perder fôlego na juventude!



Os estudantes não gostam de imposição e, menos ainda, da filosofia igualitária dessa doutrina. “É chata, não é útil e é uma perda de tempo”, disse categoricamente um estudante de Guangzhou que cursa o primeiro ano, citado em reportagem da UOL.

“Quase 99% dos estudantes pensam do mesmo modo. Não tem outra utilidade senão memorizar para o exame” – acrescentou. De fato, são muitos os estudantes chineses que ignoram esta disciplina, só a suportando para concluir a universidade.

O presidente Xi Jinping quer mais marxismo na juventude, mas essa acha-o 'chato' e os que aderem visam retornos na corrupção da administração pública.
O presidente Xi Jinping quer mais marxismo na juventude,
mas essa acha-o 'chato' e os que aderem
visam retornos na corrupção da administração pública.
Nas aulas – informou a agência EFE – os alunos se “desligam” e repassam conteúdos de outras disciplinas em seus aparelhos eletrônicos.

Os professores explicam a história chinesa na tediosa ótica da ideologia marxista, para preencher a sua obrigação.

“Para ser honesta, não acredito que seja uma disciplina útil. Simplesmente é obrigatória”, opinou uma jovem universitária de Pequim.

Ela até quer apreender algo, porque “quero ser parte do PCC, portanto tenho de estudar as leituras políticas essenciais”.

De fato, a falta de convicção ideológica sincera nas próprias fileiras do Partido Comunista é mais uma fonte de preocupação para a cúpula dirigente.

O número dos membros do partido do governo diminui, e os que ficam é porque farejam lucros com a corrupção da administração pública.

Uma estrangeira – a espanhola Irene Torca, estudante da Universidade de Finanças e Economia de Xangai – mostra mais fervor que seus colegas chineses: “É uma das disciplinas mais interessantes que fiz”, contou, assegurando que “às vezes aprendo mais sobre China nesta aula que lendo na imprensa”. O elogio não tem muito conteúdo, mas é algo.


A mão de ferro da ditadura paira sobre o ensino do marxismo e os estudantes têm medo de falar ou de se identificar.

Dos entrevistados, só um aluno chinês e dois professores de Xangai permitiram publicar seus nomes.

Culto de Marx e Engels na China só atrai velhos, jovens fogem.
Culto de Marx e Engels na China só atrai velhos, jovens fogem.
Os acadêmicos marxistas na China estão ficando cada vez mais raros.

Segundo o jornal oficial “Global Times”, escasseiam as pessoas com conhecimentos essenciais para ensinar o marxismo, embora haja bastante dinheiro oficial para remunerá-las.

Em 2015, o governo lançou o I Congresso Mundial de Marxismo, com 400 acadêmicos de todo o mundo. Também criou o fundo acadêmico Ma Zang, de textos sobre marxismo, dotando-o com 152 milhões de yuans (cerca de R$ 83 milhões).

Pensadores marxistas chineses estão alertando para a marginalização desta teoria nas universidades do país, enquanto cresce o interesse pela religião.

Nas estatísticas, o Cristianismo tem mais adeptos que o Partido Comunista, e os alunos procuram escolas de pensamento liberais que questionam a interpretação socialista do mundo.

No começo do ano, o ministro da Educação chinês, Iuane Guiren, garantiu que os livros que promovem “valores ocidentais” ou “difamam” o PCC não seriam aceitos nas salas de aula universitárias.

Pouco antes, acrescentou a UOL, a agência oficial de imprensa “Xinhua” publicou um decreto do PCC que cobrava das universidades “fortalecer a convicção nos ideais adequados”.

Quando uma ideologia não consegue persuadir ou seduzir, ela está morta nas mentes. E não adianta querer impô-la pela força.

Este é o declínio que depaupera o comunismo chinês e acena para um futuro esperançoso dessa grande nação asiática.


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