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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

‘Conferência Episcopal Chinesa’ tenta destituir ilegitimamente bispo resistente

Mons Thadeu Ma Daqin logo antes de ser sequestrado pela polícia
Mons. Tadeu Ma Daqin, bispo auxiliar de Xangai, continua sequestrado pela polícia, após ter-se negado, no dia de sua sagração, a continuar fazendo parte do clero marxista chinês.

Seu caso está impressionando o mundo católico, mais ainda que o de outros bispos heróis da Fé presos e condenados pelo regime comunista.

As circunstâncias de sua renuncia à associação do clero socialista foram especialmente danosas ao regime e a seus companheiros de viagem clericais, engajados num enganoso processo de aproximação mútua.

Os fiéis que enchiam a catedral de Xangai aclamaram o repúdio do novo bispo à colaboracionista Associação Patriótica Chinesa.

Diversos seminaristas e religiosas que o apoiaram foram punidos, conforme informou o jornal “The New York Times”, e obrigados a fazerem cursos de “educação política”, nos quais os agentes marxistas tentam lhes mudar as ideias. Porém, este método habitualmente não causa efeitos.


Infelizmente, os sofismas e as seduções das tendências progressistas – por exemplo, as da Teologia da Libertação – que proliferam no Ocidente são mais eficazes para perder as almas dos religiosos.

Nada se sabe do intrépido prelado, exceto que estaria confinado no seminário de Xangai, proibido de se comunicar com outras pessoas e até de celebrar a Missa diante de testemunhas.

A Conferência Episcopal Chinesa (não reconhecida pela Santa Sé) decidiu destituir D. Tadeu de sua condição de bispo auxiliar de Xangai.

Essa destituição não tem validade alguma, pois ninguém, nem mesmo um organismo eclesiástico grande e poderoso como a CNBB, pode nomear ou destituir um bispo. Estas são prerrogativas exclusivas da Santa Sé.

Segundo o Pe. Frederico Lombardi, diretor de imprensa do Vaticano, o Cardeal Fernando Filoni, prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, manifestou sua profunda preocupação pela prisão do corajoso e jovem bispo chinês.

Mons Savio Hon Tai-fai, secretário de Propaganda Fidei:
"Conferência Episcopal Chinesa" está ferindo a Igreja
O Cardeal julga que as relações entre Roma e a ditadura de Pequim estão sendo danificadas pela “dramática crise de consciência” causada pelo gesto do heroico bispo chinês.

Essa crise de consciência pode ter salutares efeitos se contribuir para a queda de escamas dos olhos dos eclesiásticos que sonham com um acordo com o regime comunista.

Dom Savio Hon Tai-fai, secretário da mesma Congregação, declarou à agência AsiaNews:

“Essa auto-intitulada ‘Conferência Episcopal’ jamais foi reconhecida pela Santa Sé. Conferência episcopal alguma no mundo tem o poder de nomear ou revogar um bispo, quanto mais essa auto-intitulada Conferência, em nada reconhecida pelo Papa. Neste caso houve uma usurpação de autoridade. Quem está engajado nesse gesto deverá explicar por que se empenha em ferir desse modo a Igreja e a comunhão da Igreja na China e no mundo”.

Os órgãos eclesiásticos marxistas argumentam que o bispo resistente teria violado o estatuto ditado pelo governo ao se recusar a receber a imposição das mãos e a comunhão eucarística dos bispos excomungados.

“Dom Tadeu Ma – acrescentou Dom Savio Hon – o fez em obediência ao Papa, mas para a Associação Patriótica isso é um delito. Ele também decidiu sair dessa Associação para cumprir melhor seu ministério pastoral. A Associação Patriótica é uma organização cujos princípios são ‘inconciliáveis com a doutrina católica’”.

Dom Savio Hon convidou todas as comunidades católicas do mundo a rezarem por Dom Ma Daqin e por todos os outros bispos e sacerdotes que hoje sofrem nas prisões da China, como é o caso de Dom Tiago Su Zhimin e Dom Cosme Shi Enxiang.

A resistência de Dom Tadeu encheu de ânimo milhões de católicos chineses que há anos vem recebendo maus exemplos de muitos bispos e altos prelados engajados num infrutífero diálogo com a ditadura de Pequim.



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